Polícia de Segurança Pública (1927-?)
Simulação de assalto a um local durante exercícios de combate de rua. Alcântara, Lisboa. 1942. Arquivo da PSP.
Em 1927, a designação Polícia de Segurança Pública (PSP), que até então denominava apenas uma das várias secções da política, passou a designar formalmente a força pública urbana em Portugal, nome que vigora até o presente.
O advento da ditadura moldou a polícia. A história da PSP durante o Estado Novo refletiu as necessidades securitárias do regime, levando ao reforço, numa primeira fase, do seu carácter dissuasor e repressivo, nomeadamente através da intensificação da sua militarização. Contudo, durante os 48 anos de ditadura, a corporação deu também passos significativos no sentido de acompanhar a evolução das polícias europeias: reforçou a sua vertente de socorro e serviço público, incorporou novas tecnologias, criou os Serviços Sociais, avançou na profissionalização da carreira policial, adotou técnicas modernas para o controlo da ordem pública e abriu as portas à incorporação da mulher.
Presença da PSP na Feira Internacional de Lisboa (FIL). 1979. Arquivo da PSP.
Ainda assim, as maiores mudanças chegariam depois de 1974. A consolidação da Democracia representou o início de um novo ciclo na história da PSP, desencadeando um processo complexo de adaptação institucional às grandes mutações sociopolíticas que ocorreram no plano nacional e internacional. Nas décadas que se seguiram registaram-se reformas e alterações importantes na corporação que se consubstanciaram numa intensificação do trabalho de cooperação internacional, na progressiva desmilitarização do comando policial, em grandes avanços na formação e instrução policial, no reconhecimento dos direitos sindicais e ainda na presença considerável da mulher-polícia.
O caminho foi naturalmente sinuoso e os desafios foram muitos. Porém, foi precisamente a consciência deste dever de serviço público que motivou a PSP a constituir um grupo de trabalho destinado a promover a organização, estudo e conhecimento da História, Memória e Património desta instituição centenária.
O advento da ditadura moldou a polícia. A história da PSP durante o Estado Novo refletiu as necessidades securitárias do regime, levando ao reforço, numa primeira fase, do seu carácter dissuasor e repressivo, nomeadamente através da intensificação da sua militarização. Contudo, durante os 48 anos de ditadura, a corporação deu também passos significativos no sentido de acompanhar a evolução das polícias europeias: reforçou a sua vertente de socorro e serviço público, incorporou novas tecnologias, criou os Serviços Sociais, avançou na profissionalização da carreira policial, adotou técnicas modernas para o controlo da ordem pública e abriu as portas à incorporação da mulher.
Presença da PSP na Feira Internacional de Lisboa (FIL). 1979. Arquivo da PSP.
Ainda assim, as maiores mudanças chegariam depois de 1974. A consolidação da Democracia representou o início de um novo ciclo na história da PSP, desencadeando um processo complexo de adaptação institucional às grandes mutações sociopolíticas que ocorreram no plano nacional e internacional. Nas décadas que se seguiram registaram-se reformas e alterações importantes na corporação que se consubstanciaram numa intensificação do trabalho de cooperação internacional, na progressiva desmilitarização do comando policial, em grandes avanços na formação e instrução policial, no reconhecimento dos direitos sindicais e ainda na presença considerável da mulher-polícia.
O caminho foi naturalmente sinuoso e os desafios foram muitos. Porém, foi precisamente a consciência deste dever de serviço público que motivou a PSP a constituir um grupo de trabalho destinado a promover a organização, estudo e conhecimento da História, Memória e Património desta instituição centenária.
